domingo, 1 de maio de 2011

A Flor de Maio

Hoje, início de maio, vou reverenciar aquela que é tão lembrada este mês, mais do que em outros, por causa de algumas de suas aparições: Nossa Senhora, a mãe terrena de Jesus Cristo.

A distância do tempo em que Maria viveu, mais as questões de fé de diversas religiões fizeram com que, ao longo dos anos, surgissem muitas dúvidas e controvérsias sobre sua vida, como: se era mesmo virgem quando deu à luz; se sabia que carregava no ventre o Cristo Planetário; se depois de Jesus teve outros filhos; se realmente ao desencarnar ascendeu aos Céus, em corpo; se não, onde estão seus restos mortais? Ela reencarnou novamente na Terra depois disso?


Minha intenção, neste blog, não é sobrepujar a crença de ninguém. Escrevo sobre o pouco que já estudei e sobre o que acredito. Então, que este post seja visto como uma homenagem, seja qual for a religião de quem estiver lendo.

Se há tantas discordâncias, dogmas, relatos etc., o mais importante é: o que, em Maria, nos une?
Ela é a Mãe por excelência, com toda a beleza que esta palavra carrega: amor incondicional, proteção, compreensão, esperança, o repouso depois da batalha, o bom conselho, a crença de que seus filhos podem sempre serem pessoas melhores e mais fortes.

Eu tenho muitas curiosidades a respeito das aparições de Nossa Senhora: que fenômeno é esse? Como se explica fisicamente? A imagem que as pessoas vêm é dela mesma ou de um mensageiro dela? Ela pode aparecer assim, apesar da densidade energética deste planeta, tão diferente da energia de espíritos muito elevados? É preciso ser médium vidente para poder ser testemunha dessas aparições?


Desde criança, sou intrigada com isso. Sempre me senti muito ligada a Ela, talvez por ter sido consagrada a Nossa Senhora quando batizada, recebendo, como segundo nome, Fátima. E sempre imaginava se um dia estaria brincando, sei lá, no Campo de São Cristóvão, onde passei a infância, e de repente ela me chamaria: "Elisabete, filha minha, quero falar com você".

Muitos que a viram, segundo a Igreja Católica, viraram santos. Uma vez, perguntei à minha mãe: o que uma pessoa faz para virar santa? E a resposta de uma mãe (terrena) que não perdia a oportunidade de usar um bate-papo para fazer aquela criança, às vezes irritadiça, às vezes incompreensível/incompreendida, tornar-se uma pessoa melhor - pelo menos, mais calma: "Precisa ser uma pessoa muito boa, que não grite com os irmãos, não brigue, não desobedeça os pais, estude direitinho..." o resto nem me lembro, já tinha desistido de levar uma vida tão chata. Como não iria gritar quando meus irmãos me provocassem, só pra início de conversa?

Agora adulta, minha pergunta é outra. Se existem as aparições (acredito na maioria delas, ainda que esteja sempre atrás de uma explicação mais científica), como ela escolhe as pessoas que vão vê-la/ouvi-la? Em Fátima, Portugal (cuja primeira aparição foi em 13 de maio de 1917), ela apareceu para três crianças de uma área rural, três pastorinhos.


Na França, houve uma "trilogia": em 1830, ela apareceu para Catarina Labouré, jovem que já havia escolhido uma vida dedicada a prestar assintência às famílias carentes, e ficou conhecida como Nossa Senhora das Graças. Em 1846, em La Salete, Maria escolheu para passar suas mensagens um casal de crianças que pastoreava. Em 1858, em Lourdes, a vidente Bernadette, de 14 anos, jovem de uma família muito pobre e que tinha problemas de saúde, também viu a Virgem.


Nossa Senhora de Guadalupe apareceu no México em 1531, para um índio muito humilde, Juan Diego, que nem mereceu a atenção do bispo nas primeiras tentativas de passar as mensagens de Mãe Maria. Só acreditaram nele quando, ao soltar de sua roupa as flores que havia colhido na colina onde acontecia o fenômeno, apareceu a linda imagem daquela que hoje é a protetora das Américas. O tecido com a pintura, motivo de mil estudos em laboratórios, ainda é um mistério para o homem moderno.


Chamada carinhosamente como La Morenita, a Virgem de Guadalupe é uma versão indígena da Mãe de Jesus. Uma forma de mostrar ao mundo que as representações são feitas para termos uma identificação, e não para mostrar os traços exatos dos espíritos luminares. Um bom exemplo disso temos aqui no Brasil, com a imagem negra da tão amada padroeira, Nossa Senhora Aparecida.


Em 1981, na Bósnia, foi a vez de seis crianças e adolescentes de uma cidadezinha que o mundo nunca tinha ouvido falar: Medjugorje. Há ainda Nossa Senhora da Rosa Mística, de Caravaggio, do Carmo, das Neves, da Penha e muito mais. Resumindo, sempre as mensagens são para a humanidade limpar seu coração, transformar-se através da fé, pelo amor de Deus e dos irmãos. Os escolhidos como porta-vozes sempre são pessoas humildes, de poucos recursos, de uma vida pacata, ainda que com muito trabalho, e com o coração ainda puro como o das crianças.


Seja em que língua for, vinda por meio de que religião for, em qualquer época, como todas as mães, Ela quer apenas que alcancemos a felicidade buscando o que de melhor existe em cada um de nós. Como já disse o seu Filho mais famoso... "Bem-aventurados os mansos e pacíficos, pois herdarão o Reino dos Céus."

3 comentários:

  1. Nossa, fiquei emocionada com o seu texto, amiga! Que a mãezinha sempre olhe por todos nós! Beijinhos.

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  2. Poxa, Bete, que lindo! Estou encantada!
    Clarice

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  3. Amores, obrigada pela visita e pelas palavras!
    Voltem sempre! hehhehehehe
    beijos

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