quinta-feira, 12 de maio de 2011

Pretos Velhos, guias iluminados

Esta data é só uma convenção, mas tradicionalmente hoje, 13 de maio, os terreiros de Umbanda homenageiam os guias que se vestem fluidicamente como Pretos Velhos.
Das entidades da Umbanda, os vovôs, vovós, pais, tios e tias que trabalham nessa linha, a Linha das Almas – ligados ao orixá Obaluaiê – são amados por pessoas de todas as idades, pela docilidade com que atendem os filhos de fé.
É como se voltássemos ao colo de um ancião querido, nos sentimos crianças amadas e ouvimos conselhos amorosos, somos limpos com a tradicional arruda, e os Velhos ainda fazem suas orações à Virgem Maria, aos Santos, aos Orixás.
O que eles mais nos pedem é que acreditemos, sempre, que tudo vai se resolver, dentro da lei maior de Deus, sem que para isso seja necessário que cometamos mais erros, como brigas ou vinganças. Não! Eles nos pedem paciênca, perdão, fé e compreensão.
Nem todos os que se apresentam assim foram, quando encarnados, escravos africanos. O que importa é a mensagem e nos fazer ver a riqueza dessa raiz negra brasileira. Posso dizer o efeito que teve em mim ver, pela primeira vez, uma gira de Pretos-Velhos. A primeira coisa que eu senti foi a importância de reverenciarmos os mais velhos; consegui enxergar a beleza daquela sabedoria em um corpo já curvado. Foi só naquele momento que entendi o que significava reverenciar alguém beijando sua mão. O próprio andar deles já é uma lição de que devemos respeitar o tempo de cada coisa ou pessoa.
Sentir o abraço de um vovô ou vovó é despertar a nossa criança interna, com toda a sua leveza e simplicidade. Ouvir suas palavras é se abrir para uma visão cheia de esperança, seja qual for o problema que se apresente a eles.
Quando comecei a trabalhar com incorporação, mais lições aprendi com Pai Tomás: o tamanho de seu carinho por mim realiza, a cada incoporação, um renascimento, a noção do que é ser uma filha amada. Tão longe de sua sabedoria ancestral, e mesmo assim tão amada, tão carinhosamente cuidada e orientada. Só tenho a agradecer.

Quando o galo canta
As almas se levantam
E o mar recua
Os Anjos do Céu dizem amém
Preto Velho diz aleluia
Diz aleluia, diz aleluia
Preto Velho diz aleluia
Diz aleluia, diz aleluia
Preto Velho diz aleluia

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Lá no Cruzeiro das Almas, aonde as Almas vão rezar
Lá no Cruzeiro das Almas, aonde as Almas vão rezar
As Almas choram de alegria quando seus filhos combinam
Também choram de tristeza quando não quer combinar
As Almas choram de alegria quando seus filhos combinam
Também choram de tristeza quando não quer combinar

2 comentários:

  1. Lindo, lindo, lindo....como adoro esses vovôs/ós....sempre tão amáveis,ao mesmo tempo de olhares firmes e diretos..mas sempre com amor e coração.Salve!!!sua benção!!!!

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  2. Resgatando o post que havai sumido...

    Lindo, lindo, lindo....como adoro esses vovôs/ós....sempre tão amáveis,ao mesmo tempo de olhares firmes e diretos..mas sempre com amor e coração.Salve!!!sua benção!!!!
    Ana

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