Um dos meus livros prediletos é Orgulho
e Preconceito, que tem como protagonista a voluntariosa Elizabeth. Aliás, a
personalidade da heroína é considerada um grande atrativo da obra, que se
tornou um clássico da literatura inglesa e mundial. Resolvi analisar a
personalidade de Elizabeth e do Sr. Darcy, uma amizade/inimizade que acabou em
casamento. A obra de Jane Austen é de 1813 e várias versões já foram feitas
para teatro, TV e cinema, sendo uma das mais famosas o filme de 2005, com Keira
Knightley e Matthew Mac Fadyen.
A personalidade do casal prende o leitor
por ser visceral: uma convivência explosiva, muitos mal-entendidos, um desprezo
de Elizabeth pelo rapaz até que ela descobre, por via indireta, que ele tem
atitudes nobres. Tão humano, não é? Aliás, o nome original do romance
era First Impressions (Primeiras Impressões).
Segundo os florais de Bach, qual seria o
floral curador da apaixonante Elizabeth? Eu diria que é o Vervain: ela é uma
jovem sagaz, não tem medo de falar o que pensa, questiona o engessado mundo
aristocrático do início do século XIX. E o mais importante: uma mulher que
expõe seus pontos de vista e tenta, a todo custo, que concordem com a sua forma
de ver o mundo. As características da personalidade Vervain, quando bem
harmonizadas, se destacam pelo senso de justiça e espírito de liderança. Em
desarmonia, a pessoa tenta à força impor sua vontade.
O excesso de certeza que Elizabeth carrega dentro de si – de que sabe
exatamente tudo o que acontece e que é infalível em seus julgamentos – é o
grande entrave para que ela consiga enxergar quem realmente é Darcy.
Falando nele, arrisco dizer que o desafeto e depois noivo de
Elizabeth é uma personalidade Water Violet. Essas pessoas têm tendência a se
mostrar pouco para o mundo. Mas não por timidez, e sim por um certo esnobismo:
é como se a pessoa se sentisse tão perfeita que não precisasse perder seu tempo
para se explicar ou mostrar suas ideias ao resto da Humanidade.
Discrição não é defeito, pelo contrário. Mas uma personalidade
Water Violet em desarmonia pode carregar um ar arrogante, o tipo “nariz
empinado”, o que leva os outros a fazerem mau juízo dele. Ao serem mal interpretados,
mesmo que se chateiem, não demonstram e muitas vezes não se esforçam para se
fazer entender. É isso o que acontece ao longo do romance. Tanto que Elizabeth
só descobre que Darcy é um perfeito cavalheiro, amoroso e bem-intencionado
através de uma terceira pessoa. Pena que nem sempre existe essa outra pessoa
que ajude a desfazer os mal-entendidos da vida, não é?
Ficou com vontade de ler Orgulho
e Preconceito? Nesse link, você pode baixar ou ler on-line:
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