Muitas pessoas procuram oráculos por curiosidade simplesmente, mas a importância deles está em orientar o consulente sobre situações críticas ou para avisá-lo sobre alguma complicação que está por vir. Uma vez alertada pelos oráculo, a pessoa tem como evitar certos dissabores.
E assim caminha a humanidade, procurando quem leia baralhos, tarôs, búzios, leitura de mão e muito mais. Essa última modalidade, baseada na interpretação das linhas das palmas e dedos, chama-se Quiromancia (do grego cheiro - lê-se kiro -, que significa mão; mancia, profecia) e permeou o mundo antigo, como Pérsia, Mesopotâmia, Egito etc, chegando até Roma.
Reza a lenda que o grande romano Julio Cesar confiava que os risquinhos de sua mão poderiam falar sobre o seu futuro. Se lá estava escrito que seria traído por Brutus, ninguém sabe. De qualquer forma, podemos melhorar nossa caminhada no planeta, mas ninguém escapa de seu destino.
Tradicionalmente, as ciganas são associadas a essa forma de prever o futuro, e as mães passam a técnica às filhas. Mas como em qualquer oráculo, o mais importante não é a técnica, e sim, a intuição.
Uma vez leram minha mão e fiquei abismada de como a pessoa foi capaz de prever coisas que aconteceriam comigo - inclusive me dizendo que a partir de determinada idade algo importante se concretizaria, o que se confirmou na época certa. E viu também coisas sobre a minha personalidade, minhas características emocionais e falou em que época eu havia passado um grande trauma na minha vida. Foi a primeira vez que alguém me explicou que quem estuda e trabalha com oráculos deve utilizá-lo sempre como um instrumento de autoconhecimento. Tão antes de tudo isso que acontece agora em minha vida.
Então... já pegaram sua mão para ler a sorte? Se isso acontecer, esteja atento a três coisas:
1. Se a pessoa for séria, ela não te falará coisas que te incitem ao ódio ou à desesperança, seja qual for o assunto abordado;
2. Use as informações para ajudar a construir um futuro melhor, mas não se esqueça de que a vida é dinâmica, não é saudável agir o tempo inteiro em função de uma profecia: dessa forma, não seríamos desafiados a crescer. Os oráculos são para clarear as ideias em situações críticas, e não em coisas corriqueiras;
3. Se algo sair um pouco diferente do que foi previsto, lembre-se: quem utiliza um oráculo é tão humano quanto você, e não um vidente de contos de fadas. Ele está sujeito a fazer uma intrepretação errada.
Os oráculos são valiosos, mas quem os utiliza são passíveis de falha. Afinal, não há deuses sob o sol.
domingo, 28 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Símbolos: Flor de Cerejeira
O que nos diferencia dos animais? Algumas coisas que depõem contra nós, como a violência gratuita, por exemplo, mas há diferenças que devemos cultivar. Uma delas é que somos sensíveis ao belo, àquilo que não tem nada a ver com o instinto de sobrevivência, como fome e medo, mas que nutre e acalma a nossa alma.
É por isso que algumas manifestações da natureza mexem com nosso humor, e isso é louvável. Um exemplo disso é a transformação emocional dos japoneses na época em que nascem as Flores de Cerejeira. Lindas, delicadas e abundantes, elas marcam o fim do inverno (rigoroso) e é o abre-alas para a deliciosa estação da primavera.
Sakura é o nome que eles dão a essa flor, símbolo nacional do Japão, onde associa-se essa delicadeza rósea à felicidade e lembra ao homem de lá, há muitos séculos, de como a vida é efêmera. Essas flores colorem as ruas, transformam a rotina de um povo, mas em uma semana, elas se vão. Passsou rápido? Pouco importa... o interessante é viver aqueles dias com alegria. Praticar a hanami (observação da Sakura) é uma espécie de festival que lá todos se permitem, reunindo-se para fazer piqueniques sob os pés de cerejeira para ver a sua florada. Isso é tão arraigado na cultura japonesa que os programas de previsão do tempo dão a indicação de quando, exatamente, a Sakura vai florescer em cada parte do país.
Duas grandes lembranças que essa florzinha traz... a felicidade que devemos promover nas nossas relações - tanto que os noivos tomam um chá com suas pétalas no dia do casamento - e que a vida é curta. Por isso, ela deve ser levada com qualidade.
Nos Florais de Bach, há uma essência retirada dessas flores, chamada Cherry Plum. Ela é indicada em casos em que a pessoa teme perder o controle da situação. Aquelas explosões emocionais absurdas que às vezes acontecem, ou quando a pessoa não tem controle de certos movimentos corporais - como um tique nervoso. Não é para a pessoa se sentir amarrada, mas não extrapolar, com palavras ou movimentos agressivos, que depois geram arrependimento.
Se pensarmos que é a flor nacional do Japão, terra em que as pessoas são conhecidas por serem contidas em seus movimentos, controladíssimos - qualidade admirável em casos graves, como vimos a ordem como eles atuaram após a tsunami de março - vemos, mais uma vez, a sabedoria da natureza.
Por outro lado, o excesso de controle também não é bom para o ser humano. E essas florzinhas lembram isso aos japoneses quando os leva a ficar mais soltos e brincalhões durante a sua chegada. E o tratamento com florais é isso: o equilíbrio em todos os aspectos humanos. No caso de Cherry Plum, para termos a harmonia interna para sermos controlados na medida certa, sem exageros.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
A Glória de Yemanjá
As energias ditas femininas na Umbanda são sincretizadas com mulheres santas. Yemanjá e Oxum, com algumas representações de Nossa Senhora. Iansã, com Santa Bárbara e Nanã, com Santana.
Dia 15, comemora-se Nossa Senhora da Glória, que é a representação de Maria quando ela chega ao céu e é glorificada e coroada, segundo a tradição católica. Na Umbanda, celebra-se a energia purificadora e criadora de Mãe Yemanjá, que reina nas águas do Mar.
Seus pontos (músicas) têm uma sonoridade suave, como se estivéssemos flutuando delicadamente sobre as ondas de um mar calmo...
Hoje é o dia da Grande Senhora
De nossa mãe Yemanjá
Brilham as estrelas do céu
Brincam os peixinhos do mar
Yemanjá êêêêêêê
Yemanjá aaaaaa
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Significado da carta da Morte
A oitava carta do Baralho Cigano, chamada Morte, assusta muita gente. Mas a intenção do jogo não é deixar uma pessoa desesperada, sem esperanças. Então, vamos respirar fundo quando essa lâmina aparecer. Da minha experiência, posso garantir que ela nunca indicou que determinada pessoa iria morrer. O que representa, então? O fim de um ciclo, um corte que pode ser de qualquer natureza, a abertura para uma nova era. Mas isso também assusta... porque o novo assusta. Isso deve ser visto como um desafio! Se está aparecendo, é porque estamos prontos para a tal mudança.
Às vezes ansiamos pelo fim de uma situação, sonhamos com uma nova forma de viver, por exemplo, mas quando chega o fim do ciclo que tanto repudiamos, sentimos aquele medinho, como se algo nos dissesse: mas já? Sim, já! O Universo não te quer mais naquilo que te faz infeliz. Não é bom? O susto da mudança não mata ninguém - sem trocadilhos. Então... mostre ao Universo que você é capaz de transformar aquele sonho em realidade.
A vida é movimento. Então, é preciso que certas coisas, padrões, situações morram para que a gente se redescubra, se reinvente. Isso é tão verdadeiro que, levando a uma comparação extrema, com o termo Morte significando mesmo o fim de uma vida, ainda assim percebemos que o ciclo não para: no Evangelho, Jesus diz que é preciso que morra o homem velho para nascer o homem novo.
Entre erros e acertos, vamos passando etapas, terminando ciclos e iniciando outros, ininterruptamente, até alcançarmos um estado de espírito elevado. Ou seja: a Morte é ou não é uma metáfora?
Às vezes ansiamos pelo fim de uma situação, sonhamos com uma nova forma de viver, por exemplo, mas quando chega o fim do ciclo que tanto repudiamos, sentimos aquele medinho, como se algo nos dissesse: mas já? Sim, já! O Universo não te quer mais naquilo que te faz infeliz. Não é bom? O susto da mudança não mata ninguém - sem trocadilhos. Então... mostre ao Universo que você é capaz de transformar aquele sonho em realidade.
A vida é movimento. Então, é preciso que certas coisas, padrões, situações morram para que a gente se redescubra, se reinvente. Isso é tão verdadeiro que, levando a uma comparação extrema, com o termo Morte significando mesmo o fim de uma vida, ainda assim percebemos que o ciclo não para: no Evangelho, Jesus diz que é preciso que morra o homem velho para nascer o homem novo.
Entre erros e acertos, vamos passando etapas, terminando ciclos e iniciando outros, ininterruptamente, até alcançarmos um estado de espírito elevado. Ou seja: a Morte é ou não é uma metáfora?
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