terça-feira, 26 de julho de 2011

Viva Santana ou... Saluba, Nanã!



Um sonho que demora a se concretizar às vezes supera todas as expectativas...

Era uma vez um casal que sonhava em ter um bebê, mas a gravidez parecia impossível. Resignados, eles resolveram entregar seus destinos nas mãos de Deus, seja lá o que isso significasse. E sabe o que significou? Que com o coração sereno fica mais fácil alcançar um sonho. Já em idade avançada, Ana e seu marido, Joaquim, receberam o presente de ter uma filha. E não era qualquer filha: eles conceberam Maria, a futura mãe de Jesus.

Dia 26 de junho é dia da avó de Jesus: Ana, também santa, é chamada de Santana; outros a chamam de Senhora Santana, uma reverência por representar as avós em geral, ou uma figura materna mais velha.

Na Umbanda, Santana é sincretizada com Nanã, que atua no sétimo raio, juntamente com Obaluaiê. Ambos atuam na transformações dos seres, no nascimento e no desencarne. Como seu sítio de vibração são as águas paradas, ela decanta os sentimentos e recordações dos seres quando o espirito está prestes a iniciar o processo de reencarnação. O que é pesado, o que não presta, é separado da água limpa. Por isso, temos a bênção do esquecimento do que houve de ruim na última vinda à terra.

Mas assim como os outros orixás e forças que atuam nos sete raios sagrados, todos nós temos a vibração dela durante toda a nossa vida. Muitas coisas que somatizamos no corpo, como dores causadas por tensão, podem ser aliviadas se pedirmos sua ajuda para sermos "decantados": ela levará, na medida do que permitirmos, o estresse que está nos deixando com dores e doentes. Obaluiê atua de forma parecida, mas ele faz mais esse processo quando o problema já atingiu o corpo físico.

Saluba, Nanã! Salve sua força!


Na coroa de Zamby eu vi Nanã
Auê eu vi Nana
Na coroa de Zamby eu vi Nanã
Auê eu vi Nanã
Na coroa de Zamby eu vi Nanã
Auê eu vi Nanã

terça-feira, 19 de julho de 2011

La Dolce Vita

Quem disse que viver intensamente não é um hábito espiritualizado? Mirem-se nos italianos: tão belamente passionais e cheios de fé. Além disso, os italianos sempre prezaram o belo. Isso também atinge a alma! Cultura e cozinha riquíssimas, admiradas no mundo todo, e tudo tão cheio de alma, cada coisa que eles fazem...

Esta foto dos lindísimos Marcello Mastroianni e Anita Ekberg, em La Dolce Vita, é para lembrar: por mais que queiramos nos espiritualizar, estamos no mundo da matéria. E aqui, podemos desprezar exageros mórbidos ou egoísmo, mas devemos ficar à vontade para falar o que sentimos, chorarmos sem contrangimento, nos mimarmos com amores, paixões, desejos e com coisas agradáveis a todos os nossos sentidos: isso nos eleva! O humano pulsando ao som do que vem do peito.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Símbolos: O Mudrá da Bênção

Vemos diversas pinturas sobre Jesus Cristo (como esta acima, Salvador Mundi, recentemente atribuída a Leonardo da Vinci), em que Ele aprece com a mão direita nessa posição. O termo Mudrá, de origem sânscrita (uma das línguas indianas), significa selo.
Explicando de uma forma bem simples, os Mudrás são gestos manuais que, segundo diversas culturas orientais, ativam certas ideias contidas no inconsciente coletivo. Melhor: é comos se fosse mesmo um selo, ou chave, para rapidamente entrarmos em contato com forças do Universo ou determinados estados de espíritos elevados.

O da Bênção, segundo as fontes que eu pesquisei, utilizam os elementos fogo (polegar), ar (indicador) e éter, ou celeste (dedo médio) da mão direita (pólo positivo) para, enquanto se profere uma bênção, com esses três dedos na direção do Alto, captar a bênção divina.

Para essa energia fluir de forma equilibrada, a mão esquerda (pólo negativo) deve ficar aberta, na direção do objeto a ser abençoado, ou sobre o chacra cardíaco. Para se abençoar, ou seja, fazer fluir energias boas para determiana coisa ou pessoa, o chacra do coração é importantíssimo: é por ele que expressamos o amor universal, puro, incondicional.

Se não estivermos minimamente revestidos de um amor assim, como abençoaremos? Jesus, com esse gesto, e munido da sua enrome capacidade de nos amar, conseguiu até a multiplicação dos alimentos.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Estrelinha, Estrelinha, pena que tu não és minha...

... E quem disse que não? Elas, ou somente o brilho delas, ou o desenho delas, tudo é bem-vindo para clarear nossas vidas. Estrela é uma referência mágica, em todas as épocas. É o que está no alto, o que nos guia, o que enfeita o céu, o que nos garante uma noite bonita, uma lembrança de algo maior, superior. A carta 16 do Baralho Cigano, por isso, é bem positiva.
A Estrela simboliza iluminação em alguns contextos. Elas mexem tanto conosco que nunca perdemos o encanto em admirar um céu estrelado, mesmo depois de aprender nas aulas de Ciências que enxergamos hoje o brilho de corpos celestes que deixaram de existir há muito.
Até das estrelas cadentes gostamos, acreditando que realizarão nossos pedido. A Estrela de Belém guiou os Reis Magos até onde estava o Menino Jesus. E a Estrela Dalva, grandona, que todo mundo sabe identificar? Na verdade, é o Planeta Vênus, o regente do Amor.
Fora isso, há o encanto especial das Constelações, que têm desenhos muito peculiares, merecendo nomes que ficaram eternizados pelos astrônomos e atrólogos. No Brasil, a Constelação do Cruzeiro do Sul é um dos nosso símbolos – e aparece também na bandeira de outros países do Hemisfério Sul.
Voltando à carta 16 no Baralho Cigano: dependendo de sua posição no jogo, ela pode significar sorte. Diz ainda que, o que está reservado pelo destino, chegará – mesmo que pareça difícil. Ah, às vezes é a indicação de que amigos espirituais estão atuando para nos ajudar em alguma contenda. De qualquer forma, ela chega no jogo lembrando: não se esqueça de que há muito mais entre o Céu e a Terra do que os olhos podem ver ou a imaginação pode supor.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Mah-jong, "oráculo" milenar chinês



Um jogo milenar que veio da China e no século XX se popularizou pelo mundo, o Mah-jong é, originalmente, um jogo composto de 144 peças – ou pedras, como se fala no dominó. Geralmente é feito de madeira ou plástico.

Visualmente intrigante pelos seus simbolozinhos, os nomes das peças são poéticas como costumam ser as coisas do Oriente. Há, por exemplo, um grupo de pedras de flores, separadas pelas estações do ano; o Naipe dos Ventos (Norte, Sul, Leste e Oeste) etc.

Eis que me deparo com cartas usadas como oráculos baseada no Mah-jong! Lindas, não são? O dragão, vou chutar, hein? é do naipe Círculo. O lótus, olha que lindo! me parece que é do Naipe Bambu. A carta da Terra, nem chutando posso dizer. O que me interessa são os desenhos, os caracteres, tudo o que pode mexer com nossa imaginação, nosso subconsciente e, quem sabe, dar uma beliscadinha na nossa intuição. Alguém se arrisca?